sexta-feira, 7 de março de 2014
Poesia Circense
Homem bala balão
munição
explosão
mil pirralhos no circo
um anão
(criançancião)
Dois pi raio no círculo
do canhão
Pipoca aplauso na mão
redenção
não em vão
Mil pirralhos no circo
Alusão
à ilusão
Dois pi raio no círculo
do leão
Para o acro bata bata palmas
para o palha asso asso bie
e o mági como como pode:
ele tirava
um coelho
ou era eu
que tirava um bode?
O dom e a dor vêm de Deus
Deus vem de domador
Ombros do mundo: os meus
pois sou poeta ator
Por escrever poesia
sou trapezista palhaço
entre o chicote e a magia
do domador do espaço
Será que Deus chicotearia
fosse um João sem braço?
Por escrever poesia
sou bailarino mágico
no picadeiro dos dias
entre o aplauso e o trágico
mas Deus é só alegria
na queda é cama de elástico.
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