segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Radar / Aspas
Marcadores:
aspas,
Cidadão das Nuvens,
Editora Patuá,
poema,
Poesia,
poesia concreta,
Poeta,
radar,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
Aquário não é mar
Há pássaros de estimação.
Os meus não:
jamais estive.
A liberdade é
o melhor detetive.
Poeta que sou -
enquanto escrevo e não
depois -
entristece-me
dicotomicamente
não poder
os bois
nomeá-los:
a alcunha pesaria de deixar
minhas crias fora do ar.
Um bebedouro alumia minha janela.
Aquário não é mar:
levo os meus peixes para passear.
Marcadores:
aquário não é mar,
Cidadão das Nuvens,
Editora Patuá,
poema,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
Sol Isso
Nem
bê
a
bá
Nem
gê
a
gá
Nem
lê
a
lá
Bu
da
ou
Cristo
O quadrado
nascer sol :
Sol Isso.
bê
a
bá
Nem
gê
a
gá
Nem
lê
a
lá
Bu
da
ou
Cristo
O quadrado
nascer sol :
Sol Isso.
Marcadores:
Alá,
Buda,
Cidadão das Nuvens,
Cristo,
Editora Patuá,
poema,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
sol isso,
uma cidade nas nuvens
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Laerte Coutinho
Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus " - Abraham Lincoln
Marcadores:
Cidadão das Nuvens,
Deus,
Editora Patuá,
laerte coutinho,
Licoln,
o nome da rua,
poema,
Poesia,
Poeta,
quadrinho,
Renato Silva,
tira,
uma cidade nas nuvens
Gélida Manhã
Encostado ao
muro da escola
o guri acende
na chama que o frio ejacula
o segundo cigarro invisível
(ou reativa o primeiro,
quem sabe,
apagado pelo vento)
Vem da fumaça ingênua
plantar em seu
pálido queixo
fios de barba e bigode
Tal feito o faz
motociclista...
a mais bela da terceira
série não... a professora,
a professora na garupa!
Gélida manhã :
a censura materna se faz cinzeiro;
não obstante
convoca o barbeiro
mais veloz do universo,
recolocando, assim e assim,
a professora no
apinhado coletivo.
Na distração materna,
fruto de um beija flor metálico
do canal sete,
reativa o filtro.
O termina.
Do piparote exato
uma guimba de três pontos.
Recebe um beijo político da mãe afobada.
Ultrapassa o portão
tateando o jeans
em busca dos fósforos.
A diretora, sem mostrar os dentes,
lhe sorri da cadeira de rodas.
Pedro (este será
seu nome) apaga a brasa
na pia do banheiro.
Tosse de gripe,
retosse, e
vangloria-se ao espelho.
O inverno lhe faz mal
muito mal
aos pulmões.
muro da escola
o guri acende
na chama que o frio ejacula
o segundo cigarro invisível
(ou reativa o primeiro,
quem sabe,
apagado pelo vento)
Vem da fumaça ingênua
plantar em seu
pálido queixo
fios de barba e bigode
Tal feito o faz
motociclista...
a mais bela da terceira
série não... a professora,
a professora na garupa!
Gélida manhã :
a censura materna se faz cinzeiro;
não obstante
convoca o barbeiro
mais veloz do universo,
recolocando, assim e assim,
a professora no
apinhado coletivo.
Na distração materna,
fruto de um beija flor metálico
do canal sete,
reativa o filtro.
O termina.
Do piparote exato
uma guimba de três pontos.
Recebe um beijo político da mãe afobada.
Ultrapassa o portão
tateando o jeans
em busca dos fósforos.
A diretora, sem mostrar os dentes,
lhe sorri da cadeira de rodas.
Pedro (este será
seu nome) apaga a brasa
na pia do banheiro.
Tosse de gripe,
retosse, e
vangloria-se ao espelho.
O inverno lhe faz mal
muito mal
aos pulmões.
Marcadores:
Cidadão das Nuvens,
Editora Patuá,
gélida manhã,
poema,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
O nome da rua
Durante uma tempestade,
escolher, aleatoriamente,
um ônibus na Avenida Paulista.
Contar os passageiros:
três, descer no terceiro ponto;
sete, no sétimo;
dez ou mais, no décimo ponto.
Observar quantas pessoas
abandonarão o transporte
em minha companhia;
multiplicar o número dessas
(trata-se de um ritual noturno)
ao total de estrelas que constatarei.
O produto dessa sentença indicará
a quantidade de vezes que gritarei,
a plenos pulmões,
o nome da rua aonde
minha loucura pousará.
escolher, aleatoriamente,
um ônibus na Avenida Paulista.
Contar os passageiros:
três, descer no terceiro ponto;
sete, no sétimo;
dez ou mais, no décimo ponto.
Observar quantas pessoas
abandonarão o transporte
em minha companhia;
multiplicar o número dessas
(trata-se de um ritual noturno)
ao total de estrelas que constatarei.
O produto dessa sentença indicará
a quantidade de vezes que gritarei,
a plenos pulmões,
o nome da rua aonde
minha loucura pousará.
Marcadores:
avenida paulista,
Cidadão das Nuvens,
Editora Patuá,
o nome da rua,
poema,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
Assinar:
Postagens (Atom)