sexta-feira, 11 de maio de 2012
Papel Primavera
Tão magra e colocava papel
higiênico na fechadura e
minha inocência cria
que mulheres em pelo emanam
uma escuridão de neve.
Quando voltava à São Paulo,
mascarava-me em
sacolinhas de
mercados e,
sufocado,
sentia a pulsação
de meu pequeno membro -
e isso era carvão para outra existência...
Em certa viagem
a nudez da prima
mudara de cor:
chorei copiosamente.
Enxuguei minhas lágrimas no Papel Primavera :
não encontraria sacolas rosas
nos mercadinhos da Casa Verde.
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