Uma sereia mora em meu colchão d'água.
Somos, os três, transparentes.
O amor platônico rende casamentos
abençoados pelo anel de saturno.
Nas noites insones ela roça
seus peitos aos meus enquanto
recita o que sonharei -
quando não pesadelo levanto
um café
preto preto preto e
leio Playboys e catálogos
de prostitutas comuns sem
saber a diferença:
Porque uma está sujeita ao topo
e a outra ao tapa
se ambas, por dinheiro, abaixam as calcinhas?
Se alimenta de Narcisos a minha sereia.
Reencarna-os ,quando vomita, em flores.
Nosso jardim quase não se cabe.
Minha sereia quase não se cabe
Meu colchão quase não se cabe.
Eu... lá se sabe... eu laço, sabe:
minha alma quando foge não se cabe.
terça-feira, 27 de março de 2012
Minha alma quando foge não se cabe
Marcadores:
Cidadão das Nuvens,
Editora Patuá,
Minha alma quando foge não se cabe,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
Descanse em Paz
"Quem é casado há quarenta anos com dona Maria não entende de casamento, entende de dona Maria. De casamento entendo eu, que tive seis." - Chico Anysio

Marcadores:
Chico Anysio,
Cidadão das Nuvens,
Níquel Náusea,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
Aquário não é mar
( Aquário não é mar )
Há pássaros de estimação.
Os meus não:
jamais estive.
A liberdade é
o melhor detetive.
Poeta que sou -
enquanto escrevo e não
depois - entristece-me dicotomicamente
não poder nomear os
bois:
a alcunha pesaria de deixar
minhas crias
[ fora do ar ]
Um bebedouro ilumina minha janela
Aquário não é mar:
levo os meus peixes para passear.
Há pássaros de estimação.
Os meus não:
jamais estive.
A liberdade é
o melhor detetive.
Poeta que sou -
enquanto escrevo e não
depois - entristece-me dicotomicamente
não poder nomear os
bois:
a alcunha pesaria de deixar
minhas crias
[ fora do ar ]
Um bebedouro ilumina minha janela
Aquário não é mar:
levo os meus peixes para passear.
Marcadores:
aquário não é mar,
Cidadão das Nuvens,
Editora Patuá,
Poesia,
Poeta,
Renato Silva,
uma cidade nas nuvens
Assinar:
Postagens (Atom)